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terça-feira, 25 de junho de 2013

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Aparecida Petrowky: “É possível identificar um
 psicopata”

Atriz escreve o livro “O Truque” e conta como se inspirou para escrever sobre um tema tão amplo como a psicopatia



Por Marcos Bulques
Rio de Janeiro 


Rio de Janeiro, bairro de Ipanema. O tempo estava lindo na cidade maravilhosa. A personagem principal aparece de um outro lado da praça General Ozório de vestido branco, óculos escuros e toda sorridente. Da praça, fomos caminhando pela praia até chegarmos ao Forte de Copacabana, onde começamos nosso bate-papo em meio a um petisco e outro em um restaurante com uma vista para a praia.
Aparecida Petrowky, 29 anos, fisioterapeuta, atriz de teatro, cinema e televisão. Assim definimos essa jovem que encantou o Brasil na pele da personagem "Sandrinha", da novela Viver a Vida, escrita por Manoel Carlos e exibida pela Rede Globo em 2010. Sucesso que a consagrou em uma personagem marcante e que conquistou o país.
Na entrevista a seguir, a atriz conta um pouco de sua trajetória de como começou a carreira artística e de como se inspirou para escrever um livro sobre psicopatia.

Você fez um grande sucesso com a personagem “Sandrinha”, da novela Viver a Vida. Foi difícil fazer a construção dessa personagem?
Aparecida Petrowky: Tudo para mim foi um universo diferente, apesar de já ter uma bagagem de teatro, mas foi difícil no início, porque foi uma novidade, mas o maior orgulho é conseguir passar o que o autor estava escrevendo, para as pessoas que estavam assistindo.
Você sempre soube que queria ser atriz?
Aparecida Petrowky: Não! Foi muito por acaso, porque na verdade eu fui ser atriz para passar na faculdade. Eu estava fazendo faculdade de fisioterapia e tinha uma matéria que eu não conseguia apresentar seminário, falar na frente da turma. Então uma professora me levou para uma psicóloga da faculdade (pois se não conseguisse apresentar, poderia perder a bolsa de estudos que tinha) que, depois de fazer um teste vocacional, soube que meu forte era o teatro. Eu fui ser atriz para passar na faculdade, para não perder a bolsa.
Na realidade, você é formada em fisioterapia...
Aparecida Petrowky: Isso, mas depois comecei a fazer teatro, depois fiz Tablado (Companhia de Teatro do Rio de Janeiro), estudei na “Escola dos Grandes Atores”, depois fiz faculdade de artes cênicas, entre outros cursos. Assim eu virei atriz.
 Depois de Viver a Vida, como tem sido sua vida de atriz?
Aparecida Petrowky: Na televisão eu fiz algumas participações mas no teatro eu fiz “Vestido de Noivas”, de Nelson Rodrigues, “Aberrações”, “A Noviça Rebelde”, onde eu fui a protagonista.
 E no cinema?
Aparecida Petrowky: Já fiz bastante coisa no cinema. Fiz “Papai Doidão”, fiz alguns curtas e agora estou fazendo “Jogos de Mentes”, de Henrique Mastro. Fui chamada para fazer “O lado esquerdo do poeta”, de Everton Castro, onde faço o papel de "Hildinha".
Entre cinema, televisão e teatro, qual dos três você se identifica mais?
Aparecida Petrowky: Eu tenho um forte muito grande para cinema, mas por ter passado por uma experiência nova fazendo novela, eu gostei muito e vi que o resultado é imediato, então eu diria que fico com a televisão. É legal você acompanhar o termômetro do seu próprio trabalho.
Além de atriz e fisioterapeuta, você também está escrevendo agora, e sobre psicopatia?
Aparecida Petrowky: Isso, na verdade foi assim...Eu ando muito preocupada com tudo que está acontecendo em relação ao comportamento das pessoas, a violência. Muitas dessas pessoas tiveram boa educação, uma formação, então como chegaram a cometer certos crimes? Me chamou atenção essas pessoas serem de classe média, classe média alta. O que acontece com essas pessoas? O que está acontecendo com o mundo? Ai eu comecei a investigar e resolvi escrever sobre esse tema para alertar as pessoas. E conforme eu fui escrevendo, tive que estudar filosofia e o comportamento humano. Tenho algumas amigas que são psicanalistas e me deram a maior força. Fui me aprofundando nesse tema e ai eu consegui desenvolver de forma ficcional, onde os personagens da história são dois amigos que moram em Londres, na Inglaterra, nos anos de 1934 e 1935. Eu tento passar as características reais para que as pessoas possam identificar um psicopata.
Você acha que uma pessoa leiga no assunto consegue identificar um psicopata?
Aparecida Petrowky: Ainda não vi um estudo para isso, mas pelo que estou estudando, dá para identificar sim. É isso que estou querendo mostrar com o livro. Muitas pessoas não sabem , mas existem características, de repente no olhar, na maneira de como abordar uma pessoa, de como essa pessoa entra na sua vida de uma forma muito fácil, entendeu? É só você ficar com “o pé atrás”, tomar cuidado, se prevenir.
Tem previsão de lançamento?
Aparecida Petrowky: Eu não tenho pressa para finalizar. É um assunto tão profundo, tão sério. Estou escrevendo com o maior cuidado. Como eu não sou nenhuma escritora, sou realmente humilde em dizer que foi uma ideia que eu tive, é uma coisa que me inspira, quero passar para meus amigos, então tudo isso tem uma técnica. Não sei dizer se é para esse ano ou ano que vem, mas vai sair com certeza e ai convido a todos a ler o livro que vai se chamar “O Truque”.


Aparecida Petrowky durante ensaio no Forte de Copacabana 


Marcos Bulques durante entrevista com Aparecida Petrowky

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